Recentemente foi possível presenciar uma situação interessante em uma lavadeira de batata: naquele dia chovia praticamente em todas as regiões produtoras do Brasil e um saco de batata (50 kg) estava sendo comprado a R$ 130,00. O produtor evitava atender ao telefone, pois sabia que eram mais compradores e não tinha como atende-los. Os trabalhadores que vieram de outros estados por falta de serviços e que ficam distantes de suas casas por mais de 6 meses, tentam ganhar o máximo possível para poder sustentar suas famílias no período de “vacas magras”. Se pudessem trabalhariam mais de 10 h/dia, pois sabem que quando chove não há colheita e consequentemente não há lavagem e classificação de batata. Todos eram registrados e ganhavam um salário fixo e um salário variável com a sua produtividade – neste caso sacos lavados de batata. Neste dia o produtor e os trabalhadores poderiam aproveitar a raríssima oportunidade e ganhar bastante dinheiro, porem a fiscalização chegou e simplesmente determinou que o máximo de horas extras fosse de 2 horas. A lavadeira funcionou até o limite permitido e foi desligada. O produtor que poderia ter aproveitado a oportunidade e quitar dívidas atrasadas continuou devendo, o trabalhador que podia ter comprado mais comida ou roupas para a família teve que adiar sua vontade. Nos dias seguintes choveu também na região e a batata subiu e se manteve em R$ 150,00. Nestes dias o produtor não conseguiu lavar batatas e os trabalhadores ficaram mais de 5 dias ociosos. Situações como estas são comuns em todas as regiões produtoras de batata e infelizmente as leis trabalhistas permanecem inadequadas e se tornam cada dia mais rigorosas. Diante desta situação surge então um grande desafio: conseguir mudar as legislações ou mecanizar a produção de batata? Após décadas de injustiças e enormes prejuízos, muitos produtores estão desistindo de proporcionar milhares de empregos e optando por investir em mecanização para continuarem a produção de batata no Brasil. Atualmente, devido à abundancia de bolsa família, há falta de mão-de-obra em todas as atividades agrícolas do país. Muitos empregados trabalham somente 3 ou 4 dias/semana e descansam 3 a 4 dias. Como consequência desta situação a mecanização vem se intensificando no Brasil em praticamente todas as cadeias produtivas. Na cadeia da batata passamos de menos de 10 colhedeiras para mais de 30 e cada vez maiores. Também há grande demanda por plantadeiras e todos os demais implementos ou máquinas que conseguem substituir a mão-de-obra humana. Como consequência também da necessidade de mecanização, empresas de vários países estão se instalando no Brasil. Em breve teremos equipamentos de altíssima tecnologia como os que estão disponíveis nos países desenvolvidos. Afinal de contas não sei dizer quem ganhará: serão os produtores, os trabalhadores, as empresas de máquinas, a população.
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Sidney ChristChef-ConsultorAjinomoto-Castelo Alimentos-Panex RochedoDocente de Gastronomia SENAC/ RJDocente de Gastronomia SENAC/ MGsidneychrist@ig.com.br Como estava dizendo nos números anteriores. A batata, além de ter suas propriedades gastronômicas, também aparece no campo medicinal.Ela se torna muito...