Kenji Okamura – Presidente ABASP
A Cadeia Brasileira da Batata vem apresentando grandes transformações nos últimos anos, causadas pela globalização mundial. O Brasil, juntamente com a China, são os dois principais mercados mundiais a serem explorados pelos países que dominam as melhores tecnologias na produção de batata. Estas mudanças favorecem alguns segmentos da cadeia, tais como as grandes indústrias de processamento , as grandes redes de supermercado e fast food, os grandes importadores e os consumidores de maior poder aquisitivo. Em contra partida, outros segmentos vem sendo prejudicados: os produtores nacionais, o pequeno varejo, os provedores de insumos (embalagens, fertilizantes, agroquímicos, máquinas, etc) e os consumidores de menor poder aquisitivo. Em resumo, o agronegócio da batata é uma grande oportunidade para os segmentos que estão mais bem organizados.
Destacamos como exemplos de sucesso a criação de marcas próprias pelas grandes redes de varejo (Carrefour, Sonae), a distribuição de produtos processados por grandes empresas (Perdigão, Sadia), o crescimento do setor de fast food (Mc Donald’s ), a indústria de chips ( Pepsico ), etc. Em resumo, todos estes segmentos estão agregando valores através da modernização e adequação de seus produtos, resultados de investimentos em treinamentos, marketing, pesquisas, tecnologias modernas, etc.
Os segmentos prejudicados insistem principalmente em métodos tradicionais de produção e comercialização. Uma pequena mudança leva quase uma década para ocorrer. Por exemplo, há muito tempo o sistema de classificação e padronização deveria ter sido modificado: enquanto na maioria dos paises desenvolvidos existem embalagens adequadas e com instruções precisas ao consumidor, no Brasil ainda predomina a venda de batatas a granel e nas raras vezes em que são embaladas, não há informações úteis aos consumidores. Em resumo, esta situação proporciona oportunidades ímpares aos segmentos mais profissionalizados, ou seja, torna-se muito fácil agregar valores à matéria prima batata. Basta uma reclassificação simples ou um processo primário de processamento para se agregar 100% no preço recebido pelo produtor.
Diante de um quadro atual totalmente desfavorável aos diversos segmentos nacionais, acredito que só resta uma única oportunidade: o associativismo, cuja finalidade principal é organizar cada segmento, visando alcançar maior competitividade e assim obter resultados positivos para a sustentabilidade e crescimento de seus associados. A implantação do processo associativista exige basicamente um plano de trabalho profissional, recursos econômicos e humanos além de associados “profissionais”. Uma associação deve defender os interesses comuns proporcionando resultados benéficos e satisfação aos seus associados. Geralmente os resultados ocorrem após 10 anos de trabalho, devido à busca de legitimidade da instituição e harmonização do convívio dos associados. Muitas associações desaparecem antes de começarem a produzir, pois seus associados cobram resultados impossíveis, por exemplo, reduzir o prazo de pagamento das vendas, em período de super oferta ou obter financiamentos sem fornecer nenhuma garantia exigida pelo banco.
As principais atividades que uma associação deve realizar para seus associados são:
– Atuação interna: profissionalização e integração de seus associados, promover o intercâmbio tecnológico, fornecer informações precisas e estratégicas, viabilizar reduções de custos, etc.
– Atuação externa: marketing dos produtos, ações políticas, defesa / representação do segmento a nível nacional e internacional, etc.
Finalizando, não há dúvidas da importância fundamental do processo associativista para os produtores de batata do Brasil. Devemos esquecer nossas hostilidades e priorizar nossos interesses comuns.
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