A maioridade da batata suíça “made in” Brasil – Criação do restaurateur Robert Amorim completa 18 anos de sucesso

fotos: Gilson Camargo Texto: Rodrigo Browne



40 toneladas de batatas consumidas por ano! Essa é a marca alcançada hoje pelo restaurante Beto Batata, localizado numa simpática casa no bairro Alto da XV, em Curitiba-PR. Mas para chegar a esse número impressionante, muitas batatas foram descascadas… O restaurateur Robert Amorim, conhecido por todos como Beto Batata, revela que o segredo desse sucesso está numa criação pessoal que, em dezembro de 2002, completa 18 anos: a batata-suíça recheada. Esse prato, que se transformou numa referência gastronômica da capital paranaense, proporciona emprego direto para 40 pessoas e mantém um restaurante e duas filiais de entrega em casa. A criação culinária, além de agradar os paladares, também garante aos clientes boas atrações culturais com exposições e shows.
“A proposta do restaurante é vender batatas. Mas, no fundamento da gastronomia, tratamos da cultura que envolve o ato de alimentar que vai desde o ambiente té o atendimento. Tudo isso faz parte de um conjunto”, define Beto Batata que apesar de ser o responsável pela chegada da batata suíça na cidade em 1990, só abriu o seu restaurante nove anos depois.
Para entender melhor a trajetória do Beto Batata – restaurante e criador – é preciso fazer uma pequena volta ao passado. 1984 – São Pedro da Aldeia. Região dos lagos do Rio de Janeiro. Robert Amorim estava, sem saber, dando seus primeiros passos em direção ao seu apelido definitivo. Foi nessa época, no litoral carioca, que Beto comprou seu primeiro restaurante de comida alemã. No cardápio tinha um prato que servia a batata rústie como acompanhamento. Decidido a mudar o perfil do restaurante ele acabou tendo a idéia de colocar um recheio dentro da batata. Pronto! Criou-se a batata suíça recheada. “A minha escola é franco-italiana e uma das coisas que sempre gostei na culinária francesa é o en crôute. Foi assim que tive a idéia de pegar o prato principal e envolvê-lo em sua própria guarnição”, lembra Beto que para sua primeira batata criou o recheio de queijo e presunto. Hoje são 21 tipos de sabores diferentes, cada qual com uma característica e, todos, com um conceito próprio. “Meu pensar gastronômico tem inspiração na Suíça que é um país que faz fronteira com a Alemanha, França e Itália – isso influencia os meus recheios. A batata me permite viajar pelo mundo”, considera. De fato, a criação de Beto Batata chega a sua maioridade com diversas influências.
Os recheios vão desde queijos franceses, passando por bacon, mignon, bacalhau, salmão até a brasileiríssima carne seca desfiada. A maior preocupação agora não é o recheio, mas sim, a qualidade da batata que será servida aos clientes. “A gente não se preocupa com o preço. O que procuramos, como um dos maiores compradores de batata da cidade, é a matéria-prima da melhor qualidade. Hoje nós trabalhamos com uma versão holandesa da Bintje. Mas a intenção é encontrar um produtor sério com batatas DOC (De Origem Controlada) para uma parceria”, comenta e lembra que esse cuidado na pesquisa da matéria prima se estende para todos os fornecedores: do tomate seco ao vinho, que é guardado numa adega climatizada, sem esquecer dos pratos diferenciados e das taças de cristais.


Beto Batata


O Beto Batata começou suas atividades em maio de 1999. Inicialmente instalado num pequeno galpão anexo à casa que hoje faz parte do restaurante. Sempre atrás do fogão de seis bocas, na sua cozinha aberta, Beto em pouco tempo conquistou uma clientela bem eclética. Estudantes, artistas, profissionais liberais e políticos convivem harmoniosamente no local. A produção inicial vendia uma média de 50 batatas/dia. Hoje, três anos depois triplicou para de 180 batatas/dia.
“Na gastronomia quem serve e alimenta deve fazer isso com prazer e saber o que está fazendo. O restaurante e a refeição têm sempre o antes, o durante e o depois. Ou seja enquanto você aguarda deve haver um clima. A refeição deve estar saborosa, é um conjunto”, considera Beto Batata. Essa filosofia é o principal diferencial do restaurante. O atendimento é atencioso e os clientes podem aproveitar e ouvir no local uma boa música ao vivo, além de apreciar exposições sem nenhum custo a mais na conta. “Nós procuramos privilegiar os gêneros musicais brasileiros – choro, bossa nova, samba. Para isso temos música ao vivo diariamente além de patrocinar na rádio Educativa FM o programa Samba de Bamba. Já as exposições – coordenadas pelo fotógrafo Gilson Camargo – tem seu foco para a fotografia e, ainda um pouco de artes plásticas e cartuns”, enumera Beto.
Além do restaurante, o Beto Batata já abriu duas lojas para entrega em domicílio. “Nós evitamos chamar de delivery. Dentro do nosso conceito referimos chamar de ‘Beto Batata em Casa’. E, junto com os pedidos, queremos entregar também um pouco do clima do restaurante. Por isso cada batata vai acompanhada de um postal de alguma exposição que passou pelo restaurante”, finaliza Beto Batata.


Serviço:
O restaurante Beto Batata fica na Rua Professor Brandão, 678. Telefones: 41-2620840 41-363-6969 –
Beto Batata em Casa Horário de funcionamento: diariamente das 11 às 24h.

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