Ângela Pellegrino Missaglia
apmissaglia@uol.com.br
Existem muitos motivos para se buscar um endosso ou mesmo uma declaração de que cumprimos determinadas regras e somos aptos a executar e entregar o que nos propomos.
No mercado, em geral, temos um fenômeno que a literatura descreve como assimetria informacional. Nada mais é que um desequilíbrio entre a quantidade e o teor de informações que a parte compradora e a vendedora detêm. Ou seja, quem vende, conhece mais seu produto: suas características, benefícios, aspectos de segurança e qualidade, utilização. Quem compra, por desconhecer a maioria dos atributos, pode se sentir em desvantagem e mesmo lesado ao não ver suas expectativas alcançadas. O desequilíbrio também acarreta ações oportunísticas por parte dos agentes de mercado, que podem usar as informações de forma inadequada ou unilateral, prejudicando a transação comercial.
Do lado do consumidor, sabemos através de várias pesquisas publicadas, que os anseios acerca de produtos de consumo se referem à:
·Segurança dos alimentos adquiridos para consumo
·Valor nutricional dos produtos alimentícios
·Seu preço
·Características como sabor e aparência
·Possível diminuição da oferta de produtos ao mercado
Assim, para que haja um maior equilíbrio nas transações comerciais e consequentemente uma proteção maior do mercado, as empresas buscam na certificação o endosso necessário para:
·Evitar ações oportunísticas ·Diminuir a assimetria informacional
·Assegurar o padrão de qualidade e segurança desejado
·Uma maior organização do mercado
Os atuais modelos de certificação para sistemas produtores de alimentos se baseiam nas Boas Práticas de
Fabricação e Boas Práticas Agrícolas. Também, e para que se estruturem e firmem tais sistemas, ferramentas de gestão da qualidade, gestão ambiental e controle de produtos são necessários.
Mais adiante surgem os programas de gerenciamento de riscos como o APPCC.
Ângela Pellegrino Missaglia é engenheira química e mestre em engenharia de alimentos com 20 anos de atuação em controle e gestão da qualidade de produtos de consumo.
Costumo dizer que o certificado nada mais é que um diploma. Para que tenhamos nossa graduação comprovada pela escola que frequentamos, atendemos aos cursos, fazemos os trabalhos e provas e vamos para o exame final. Se o resultado é satisfatório, nos formamos e recebemos o diploma e estamos prontos a demonstrar ao mercado nossas habilidades e competências.
A maioria dos programas de certificação ofertados no mercado atualmente, são de caráter voluntário.
Nada mais coerente. Dar oportunidade às empresas que queiram e possam se utilizar desta vantagem competitiva para acrescentar valor ao seu produto, desenvolver uma imagem de credibilidade no mercado, demonstrar publicamente seu compromisso com as atuais tendências de fornecimento. Dos vários programas de certificação que ajudei a planejar, confeccionar e implementar, várias situações pude observar e que são comuns para a maioria das empresas com que tenho convivido:
·Existe uma resistência natural às mudanças necessárias para a adequação das empresas;
·Existe um super dimensionamento das capacidades e ações implementadas na empresa que não permitem o completo entendimento dos requisitos dos programas;
·Existe pouca crença nos benefícios e vantagens dos vários esquemas de certificação;
·Existem análises de investimentos mal feitas e que levam a opção de não certificar.
Para que um projeto surta efeito ou para que uma idéia seja viável, é necessário acreditar nos benefícios, enxergar além do momento atual, convencer seus pares e sobretudo ser prático. A certificação e mais anteriormente a implementação de técnicas para tal, devem trazer à empresa uma melhoria no seu dia a dia. Tal só é conseguido pela clara visualização dos funcionários participantes do programa de seu papel, sua colaboração e os resultados que conseguem para facilitar seu trabalho e promover bons resultados para a empresa.
Tudo passa por uma grande mudança de cultura. Somente imbuídos da nova filosofia com abertura para novos conceitos, técnicas e alternativas é que se conseguirá tirar o proveito adequado de um certificado.
Também é importante lembrar que é sempre bom uma boa dose de motivação. Porém mais importante ainda é ter um bom motivo para a ação!
Professor Eduardo Luís Tanureetanure@alfenas.psi.breduardo.tanure@unifenas.brMestre em Ciências AmbientaisEspecialista em Poluição de ÃguasCoordenador do Laboratório de Pesquisas Ambientais de Recursos HídricosCoordenador do Projeto FurnasCoordenador de Abastecimento de Ãgua no Diagnóstico das Condições de Saneamento dos Municípios...
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