*Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) conduzido pelo aluno Rogério de S. Figueiredo como exigência do curso de Agronomia da UNIFENAS.
Colaboraram neste trabalho os alunos Gabriel Macarenhas Maciel; Pedro Bavuso Neto, Douglas José Marques, Felipe André F. Silva e Kátia Gonzatti integrantes do NEOL-Núcleo de Estudos em Olericultura da UNIFENAS – http://www.unifenas.br/neol
Ernani Clarete da Silva , Professor – Pesquisador,
Dr. em genética e Melhoramento Vegetal
UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÃRIO VELLANO
UNIFENAS – FACULDADE DE AGRONOMIA
Setor de Olericultura e Experimentação, C.P. 23
37130-000 – Alfenas/MG – (35)3299.3119,
Fax: (35) 3299.3282, clarsil@bol.com.br
Foto1: Ernani C. da Silva – Tubos gotejadores na implantação do experimento
INTRODUÇÃO
A irrigação por gotejamento pode ser usada tanto na superfície do solo, quanto enterrada, recebendo neste caso o nome de irrigação por gotejamento subsuperficial. Segundo Phene & Ruskin (1995), a irrigação por gotejamento subsuperficial aperfeiçoa a eficiência de aplicação uma vez que o volume armazenado pode ser maior do que nos outros sistemas de irrigação. A irrigação por gotejamento subsuperficial vem sendo comparada com outros sistemas de irrigação para diferentes tipos de cultura sendo que em todos os casos a produção é igual ou maior que nos outros sistemas (CAMP,1998).
Foto1: Ernani C. da Silva – Plantio
Segundo Marouelli (2004) a batata está entre as hortaliças mais exigentes em água e, apesar da deficiência ser o fator mais limitante para obtenção de altas produtividades, o excesso de água também é prejudicial, visto reduzir a aeração do solo, aumentar a lixiviação de nutrientes e aumentar a intensidade de problemas fitossanitários já que as principais doenças fúngicas e bacterianas que acometem a cultura da batateira são favorecidas, principalmente, pela umidade excessiva. O sistema de irrigação por gotejamento se caracteriza pela aplicação da água na forma de gotas, diretamente sobre a superfície do solo, permitindo fornecer a água em pequenas quantidades, próximo às raízes das plantas, não molhando as entrelinhas. Por isto o consumo de água é reduzido quandocomparado a outros sistemas de irrigação (FONTES, 2002). Daker (1999) revela que a irrigação localizada por gotejamento, destacase como a tecnologia de irrigação e fertilização mais racional para o setor, visto ser o método que possibilita maior eficiência no uso da água e que apresenta a menor demanda de energia e mão-de-obra. Segundo Dimenstein (2004), a agricultura de sequeiro adota as tradicionais aplicações de fertilizantes granulados parte no plantio e o restante em cobertura. Essa prática tem sido mantida, de modo total ou parcial, também no cultivo da batata irrigada por motivos diversos sendo a carência de ensaios no Brasil com irrigação localizada e fertirrigação para a bataticultura um desses motivos. METODOLOGIA UTILIZADA Os trabalhos foram conduzidos no Setor de Olericultura e Experimentação da Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS) no período de julho a dezembrode 2004. Foram c o n d u z i d o s simultaneamente, três experimentos: Experimento I – Irrigação localizada superficial: Utilizou-se para este ensaio, um d e l i n e a m e n t o experimental em blocos ao acaso com 3 repetições e três cultivares de batata (Ãgata, Monalisa e Caesar). As parcela tinham a dimensão de 4 m de comprimento por 2, 4 m de largura (9,6 m2).
Foto1: Ernani C. da Silva – Detalhe da sub-irrigação
Nas parcelas as plantas foram dispostas em 4 linhas espaçadas de 0,80 m com espaço de 0,30m dentro das fileiras sendo parcela útil as duas fileiras centrais totalizando 20 plantas. Foram utilizados tubo gotejadores Waterlines, espaçados de 30cm com vazão de 1.4 L/Hora a uma pressão de 10 mca. Os tubo gotejadores foram dispostos em linha para cada fileira de batata sendo a irrigação comandada por um cabeçal de controle constituído de motobomba, filtros, regulador de pressão e temporizador. A lâmina de água utilizada constou de 100% (428,5 mm) da evapotranspiração da cultura (Etc) monitorada através de mini tanque classe A. Experimento II – Irrigação localizada subsuperficial: Foram adotados todos os procedimentos do experimento I. A irrigação subsuperficial ficou caracterizada no procedimento da amontoa onde os tubos gotejadores foram aterrados. Experimento III – Irrigação por aspersão: Também para este experimento, foram adotados todos os procedimentos dos experimentos I e II excetuando-se a irrigação que foi por aspersão convencional. As características avaliadas foram produção total, produção comercial e refugo e incidência de doenças fúngicas e bacterianas. RESULTADOS
Em termos de irrigação localizada superficial tanto a produção total quanto a produção comercial ficaram em torno da média alcançada na região significando boa Foto 1: Ernani C. da Silva – Tubos gotejadores na implantação do experimentoadaptação das cultivares a esta modalidade de irrigação (TABELA 1)
Os dados obtidos com a irrigação localizada subsuperficial não variaram significativamente com exceção do refugo onde a cultivar Caezar apresentou o pior resultado (TABELA 2).
Entretanto observou-se que a média de produção ficou bem acima da média alcançada na região.
Em termos e irrigação convencional, observou -se que a produção comercial ficou abaixo do praticado na região em razão da produção excessiva de refugo (TABELA-3) Na análise conjunta dos experimentos para todas as características avaliadas houve diferenças significativas. A irrigação por gotejamento subsuperficial destacou-se como a mais adequada diferindo estatisticamente dos demais métodos.
Para os resultados referentes a ocorrência de doenças fúngicas e bacterianas, foram observadas diferenças significativas nas parcelas irrigadas por aspersão (experimento 1) apenas para Phythophtora infestans (TABELA 4).Quanto ao experimento 2 observou-se a ocorrência de vários agentes patológicos (TABELA 5), todavia sem haver diferenças significativas. No contraste entre os experimentos, notou-se diferença significativa entre os dois sistemas de irrigação onde a maior ocorrência tanto de bactérias quanto fungo foi com o sistema de aspersão.
Provavelmente o microclima formado com o molhamento das folhas pelo sistema de irrigação por aspersão tenha contribuído pela maior ocorrência do organismos fitopatológicos.
Os resultados de produção e incidência de doenças fúngicas e bacterianas permitiram concluir de que a irrigação localizada para batata é possível devendo ser preferível a irrigação subsuperficial, por proporcionar maior produtividade e redução nas operações de manejo de tubogotejadores.
Bibliografia: Consulte o autor.
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