Alto Paranapanema Comitê de Bacia Hidrográfica

Dr. Miderson Zanello Milleo Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Paranapanema Prefeito Municipal de Taquarituba Tel/fax : (0**14) 3762-1666 e-mail: pmtaquarituba@taquarinet.com.br
Endereço: Rua São Bendito, 366


Com o desenvolvimento da raça humana e a consequente evolução de seu habitat, algumas necessidades e preocupações inerentes a esse processo apareceram, sendo que a utilização racional da água é o enfoque principal. Sendo considerado um bem finito, e de valor primordial e inestimável para a preservação do ser humano, foram criados órgãos para a sustentação de sua produção e utilização.


Para isso foram criados os Comitês das Bacias Hidrográficas em nosso estado, cada uma delas responsável por uma região hidrográfica, sua preservação e manutenção.


Cada Comitê é composto por 30 membros titulares, distribuídos da seguinte forma: 10 Representantes escolhidos entre os Prefeitos das cidades que compõem o Comitê, 10 representantes da sociedade civil e 10 representantes de entidades governamentais, dos mesmos municípios, sendo presidido por um dos Prefeitos, escohido entre seus pares, para exercer um mandato de dois anos. A função principal de cada Comitê é desenvolver políticas conservacionistas e preservacionistas e criar mecanismos, inclusive dando suporte financeiro para que os municípios e as entidades envolvidas possam preservar e utilizar a água de maneira correta e eficiente.


Dentro de cada Comitê existem Câmaras Técnicas e Institucionais que elaboram, planejam, sugerem políticas conservacionistas, tendo um trabalho participativo e democrático, onde todos os setores, inclusive os da cadeia produtiva têm o direito de opinar.


A BACIA HIDROGRÃFICA DO ALTO PARANAPANEMA, da qual fazemos parte, tem no setor agrícola, o seu carro chefe de sua eonomia, portanto, com reflexos importantes nas decisões tomadas nas assembléias dos Comitês das Bacias Hidrográficas, no Conselho Estadual de Recursos Hídricos e na Agência Nacional da Àgua. O tema mais discutido atualmente, inclusive no Congresso Nacional dos Comitês das Bacias Hidrográficas é o da cobrança pelo uso da água.


Uma das maneiras encontradas para racionalizar o seu uso, sendo que a sua escassez já é projetada por técnicos do setor, apesar de nos encontrarmos no país com maior quantidade de água potável do mundo, seria a cobrança pelo seu uso, até em atividades agrícolas. Já podemos sentir os efeitos que poderão vir no futuro, hoje quando tratamos da economia de energia elétrica que se torna imperiosa por falta de água em nossos reservatórios e a falta de planejamento e investimentos a longo prazo, no setor. Esse planejamento que é tão importante e que não pode faltar quando se trata do futuro da água em nosso planeta.


Nesse momento tão delicado que nos encontramos, recomendamos aos produtores rurais, principalmente aqueles que utilizam a irrigação em suas lavouras principalmente os produtores de batata e feijão, que desde já comecem a planejar o seu futuro agrícola com a nova realidade que se apresenta, pois sabemos que ela é dificil de aceitar, porém é necessária e inevitável, pois a água, além de um bem finito, se tornará também um bem mensurável para todos os setores da economia mundial.


É nesse aspecto que se ressalta ainda mais a importância dos Comitês das Bacias Hidrográficas de nosso Estado, pois compete a eles gerir essa nova realidade e essa nova ótica de utilização de nossas águas e a proteção de nossos mananciais. Juntamente com os Comitês, destacase também a importâncias de órgãos como a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos, DEPRN, IBAMA, além de ONGs ligadas aos setores preservacionistas. Enfim, o problema hoje deixou de ser restrito aos estudiosos e passou a ser um problema extensivo a todos nós e à toda a sociedade civil.


Além dos órgãos ligados particularmente ao setor hídrico, uma tarefa das mais importantes caberá também ao setor educacional de nosso país, pois não basta somente combatermos os efeitos, temos que nos preocupar com as causas, e, uma das maneiras mais eficazes para isso é a conscientização de nossas crianças e nossos jovens. Temos que delegar às gerações futuras a incumbência de dissiminar os conhecimentos, as técnicas e, principalmente, as preocupações com o meio ambiente em geral e com os mananciais em particular.


Temos que buscar, cada um de nós dentro de nosso campo de atuação, meios para que consigamos deixar como legados aos nossos descendentes um meio ambiente pelo menos nas mesmas condições que recebemos de nossos antepassados. Esse deve ser o nosso compromisso de sempre e de cada dia para uma sociedade melhor, mais digna e dar condições de sobrevivência às novas gerações. Nessa sobrevivência a água tem um papel primordial, e por que não dizer, preponderante.

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