Cláudio Roberto Sinigalia Fernandes Comercio de Batatas Fernandes Ltda. tel/fax: 11-3311-0012 cbfnego@uol.com.br
A comercialização da batata no Brasil tem sofrido mudanças radicais nos últimos anos, com reflexos diretos nos custos da comercialização. Enquanto outros setores da economia vivem um processo de enxugamento, no mercado da batata, acontece o inverso. Novas tecnologias e um contingente maior de trabalhadores têm sido necessários para colocar à disposição das grandes redes de distribuição o produto selecionado, embalado e pronto para a comercialização no varejo.
Uma empresa atacadista com uma comercialização média de 6 mil sacas diárias de batata limitava-se, até a alguns anos, a uma estrutura pequena com 10 peões e três dirigentes. Hoje, é impossível comercializar 4 mil sacas diárias sem envolver quase 100 pessoas para cumprir condições de embalagem, acondicionamento, transporte e o gerenciamento impostos pelas grandes redes de supermercados.
Outro problema é a importação da batata congelada, que atinge uma fatia considerável do mercado. São aproximadamente 8.000 toneladas importadas mensalmente, o equivalente a 16.000 toneladas de batatas in natura que não estão sendo produzidas e comercializadas no Brasil, reduzindo ainda mais o disputado mercado dos grandes restaurantes e redes como Mc Donald’s.
Sobram para a nossa batata in natura os pequenos restaurantes, com graves problemas de pagamento, e os mercados periféricos. O afunilamento do mercado e a concentração do varejo, em poucas grandes redes, causam uma espécie de leilão e canibalismo entre produtores e atacadistas na disputa pela venda.
A lógica do mercado hoje é perversa, para produtores e atacadistas: quando a margem é atraente, corre-se o sério risco de não receber. A inadimplência atinge quase 30% das vendas. Quando se recebe, a margem é tão pequena que não cobre os custos de produção e comercialização. Resultado: a cada dia desaparecem tradicionais empresas do setor, levadas à falência pelas mudanças e inadimplência.
Para fazer frente a essa nova conjuntura, a organização e articulação entre atacadistas e a parceria com os produtores são fundamentais e urgentes. Só juntos e organizados poderemos aumentar o poder de negociação junto aos distribuidores e criar mecanismos de autoproteção. Uma das propostas é realizar um
Cadastro Nacional da Batata, a exemplo do que acontece em outros setores. Esse cadastro reuniria todos os fornecedores e atacadistas e funcionaria como um Serviço de Proteção ao Crédito da Batata.
Disponibilizado pela Internet para todos os produtores, atacadistas e compradores a partir de uma senha fornecida apenas para os participantes, o Cadastro reuniria informações capazes de proteger contra a inadimplência e outros problemas. A proposta é simples e de fácil execução, mas o sucesso depende da participação, engajamento e confiança de todos.
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