Marcio de Assis1, Marcos Paiva1, Edmil Clímaco dos Santos2 e Joaquim Gonçalves de Pádua3
1Sócios Administradores e 2Assistente Técnico Multiplanta Tecnologia Vegetal Ltda
Av. Ricarti Teixeira, 1364 – C.P. 511 – Andradas/MG, 37795-000
(35) 3731.1649 – info@multiplanta.com.br
3Pesquisador Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
Fazenda Experimental de Caldas – C.P. 33 – Caldas/MG, 37780-000
(35) 3735.1101 – epamig@epamigcaldas.gov.br
Chipie foi desenvolvida pelo Comitê Nord, localizado na região da Normandia, um dos três comitês que compõem a Federação Nacional dos Produtores de Batata Semente (FNPPPT), principal órgão de melhoramento genético de batata da França. É oriunda do cruzamento entre Pilgrin x (Saturna x Pentland Dell) efetuado em 1989, tendo sido inscrita no catálogo francês em 2001. Foi introduzida no Brasil pela Multiplanta, em janeiro de 2003, em função do acordo de cooperação comercial que mantém com a FNPPPT, para avaliar seu comportamento agronômico e uso como matéria prima, principalmente para a fabricação de batata chips e “palha”. Após a conclusão dos ensaios para determinação do valor de cultivo e uso, conduzidos em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, foi inscrita no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em Novembro de 2004.
Parcelas Experimentais
Chipie mostrou boa adaptação e estabilidade de produção nos experimentos efetuados em diferentes épocas e regiões de MG (ver tabelas). Em comparação com a testemunha (cv. Atlantic), as plantas de Chipie foram mais vigorosas, tolerantes à requeima causada por Phytophthora infestans e produziram maior número de tubérculos por cova porém, com ciclo mais longo de maturação.
Os tubérculos são redondos, uniformes, com olhos superficiais, pele amarela meio áspera, polpa amarela clara e teor médio a alto de matéria seca (>19%); apresentaram baixa susceptibilidade a defeitos fisiológicos como embonecamento (crescimento secundário), rachaduras, coração oco e mancha chocolate. As plantas manifestaram também boa tolerância ao vírus do enrolamento da folha (PLRV) e ao PVY.
Produção de Sementes
Devido à elevada média de tubérculos por planta (normalmente acima de 10), e por não ter apresentado até o momento sensibilidade acentuada a nenhum patógeno ou praga, a produção de sementes de Chipie tem sido bastante eficiente. Tanto a produção de minitubérculos em ambiente protegido como as gerações de campo têm apresentado altos níveis de conversão e aprovação. Em 2005 foram certificadas 950 caixas (30 kg) a partir de sementes importadas. Foram também certificados 130.000 minitubérculos que geraram em 2006, em quatro plantios distintos, 1.376 caixas de sementes básicas G1 (1ª geração de campo), com índice zero para os vírus PLRV, PVY, PVX e PVS.
Obs.: Chipie é uma cultivar protegida no Brasil (certificado no 501) concedido pelo MAPA em setembro de 2003 ao Comitê Nord. A Multiplanta detém autorização exclusiva para produzir ou sub-licenciar interessados na produção comercial de sementes.
Produção Comercial
Cerca de 1.800 caixas foram plantadas em 2005 e 2006 em diversas regiões de MG e de outros Estados, com produção estimada de 520 toneladas. Aproximadamente 340 toneladas foram industrializadas e 6.000 caixas retidas como semente. Nesses plantios não foram observados problemas sanitários significativos ou distúrbios fisiológicos graves de tubérculos. No entanto, algumas recomendações básicas devem ser observadas como uso de sementes sadias e em estádio adequado de brotação, evitar excesso de adubação nitrogenada e estender o ciclo da cultura para promover a uniformização, maturação e maior acúmulo de matéria seca pelos tubérculos.
Avaliação Industrial e Perspectivas
Várias empresas de diferentes portes analisaram o processamento de Chipie. Não foram observados aspectos que restringissem sua aceitação. Alguns pontos mereceram destaque especial como formato, uniformidade e conservação dos tubérculos, cor após a fritura e, subjetivamente, o sabor, quando transformada em chips.
As informações disponíveis colocam a cv. Chipie como uma boa opção para esse segmento industrial. A diversificação de áreas de plantios e a ampliação da oferta permitirão um melhor conhecimento do seu potencial agronômico e comparações mais detalhadas com as demais cultivares atualmente em uso.
Paris, Cidade Universitária, setembro de 2008. Neste lugar cheio de beleza, localizado numa das cidades mais cosmopolitas do planeta houve o ciclo de reuniões com o título “O colóquio da batata em Paris”. Programa...
PqC Eng. Agr. Hilario da Silva Miranda Filhohilario@iac.sp.gov.br Era um problema. Na década dos 60, campos de produção da variedade Bintje, no sudoeste paulista, onde tinha sido utilizado para a propagação material básico importado;...
Jesus Túfoli, Ricardo J. Domingues, Josiane T. Ferrari e Samantha Zanotta Instituto Biológico Considerada o grande “tesouro enterrado” dos povos andinos, a batata (Solanum tuberosum L.) transformou hábitos, culturas e costumes em todo mundo...
A integração dos segmentos e das cadeias produtivas de Batata: no Brasil e no mundo! Seja bem-vindo ao nosso website