Comercialização-Análise da Produção e do Mercado Atacadista de Batata em São Paulo

*Estudo publicado na íntegra


 


Waldemar Pires de Camargo Filho – camargofilho@iea.sp.gov.br


Eng. Agrônomo, MS, Pesquisador Científico do Instituto de Economia Agrícola da Agência APTA


 


Felipe Pires de Camargo – Eng. Agrônomo, Pesquisador Científico do Instituto de Economia Agrícola da Agência APTA


 


José Alberto Ângelo – Bacharel Matemática, Pesquisador Científico do Instituto de Economia Agrícola da Agência APTA


 


1 – INTRODUÇÃO E OBJETIVOS


A cadeia produtiva da batata (Solanum tuberosum L.) constitui-se na maior e mais complexa da olericultura, tendo em vista o elenco de atividades, desde a produção de sementes até o cultivo de tubérculos, para a produção de alimentos e seus derivados (batatas: fritas, cozidas, palhas, purês e chips).  É o quarto alimento mais consumido no mundo, depois de arroz, trigo e milho. “Dada a sua relevância a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) declarou 2008 o Ano Internacional da Batata”. Estima-se que o PIB (Produto Interno Bruto) da cadeia produtiva da batata no Brasil supere US$ 1,5 bilhão. (PEREIRA, 2008).   A produção mundial de batata em 2006 foi de 315,1 milhões de toneladas cultivadas em 18,83 milhões de hectares. Os países: China, Rússia, Índia, Estados Unidos da América (EUA) e Ucrânia responderam por 54,7% da produção global. Outros cinco países contribuíram com 12,8% e o Brasil participou com 1,0% do total (FAO, 2006).  No comércio mundial é transacionada cerca de 2,8% da produção de tubérculos in natura, entre países do Hemisfério Norte – Europa e EUA. A maior parte da produção industrial é consumida nos países produtores (FAO, 2005). O mercado principal é o de batatas fritas congeladas e a quantidade produzida na safra 2005/06 foi de 6.430,46 mil toneladas. Considerando-se que o rendimento industrial na produção de fritas é de 20,0%, anualmente 10,0% da produção de tubérculos são destinados à indústria de batata palito. Os maiores exportadores são Holanda, Canadá e EUA, que comercializaram 2.730 mil toneladas (AGRIANUAL, 2008).


O objetivo do trabalho é analisar a distribuição geográfica da produção e sua composição, a evolução do cultivo de batata no Brasil em 1990-2007. Comparar a valoração das variedades nos anos de 1997 e 2007 e apresentar a estacionalidade de preços no mercado atacadista de São Paulo nos períodos 1998-2003, obtido por revisão de literatura e comparar com o período 2002-2007, como instrumento para o


 


2 – MATERIAL E MÉTODO


O material consiste nas informações estatísticas de produção do IBGE (2007) e ANUÃRIO IEA (2007). Para análise dos preços de batata e da estacionalidade foram utilizadas informações do Boletim Anual (2007) da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) e revisão de literatura. Para a valoração das variedades os dados foram do Anuário IEA (2008).


O método escolhido para calcular a contribuição da produtividade e da área, para expansão da produção de batata, no período 1990-2007, é a proposta por Vera Filho e Tollini (1979).


 


3 – CENÃRIO DA PRODUÇÃO DE BATATA NO BRASIL


O Censo Agropecuário do Brasil (1998) registrou que no biênio1995-96 havia 98.487 produtores de batata, com 3 épocas distintas: a primeira safra do ano agrícola (agosto a julho) denominada das águas, que tem o plantio realizado no trimestre agosto-outubro e a colheita em novembro-janeiro, é a maior e produziu 58,0% do total brasileiro. A região Sul foi responsável por 53,0% da quantidade de batata nesta safra e a região Sudeste contribuiu com 43,0%. A segunda safra (da seca) tem o plantio no trimestre novembro-janeiro e participou com 27,0 % do total nacional.  Nessa safra, os maiores percentuais foram da região Sul com 51,0% e da Sudeste com 45,6%. A terceira safra (de inverno), que contribuiu com 15,0% do total, tem o plantio realizado no trimestre abril-maio e colheita em setembro-outubro, e foi produzida apenas em São Paulo e Minas Gerais. (Figura 1).



Figura 1 – Distribuição da Produção de Batata no Brasil por Safra, 1995-96


Fonte: Censo Agropecuário do Brasil, 1998 e CAMARGO FILHO, W.P. de et al. 2008.


 


3.1 – Evolução da Produção


No período 1996-2007, a cultura de batata teve avanços significativos, a taxa de crescimento anual da área foi negativa (-2,04%) e da produtividade foi de 4,4%, resultando em acréscimo anual médio de 2,27%. Assim, a contribuição da área foi negativa (-89,87%) para o acréscimo da produção, que apenas aumentou em razão da produtividade e contribuiu com 189,87%, compensando o recuo da área plantada. (Tabela 1).



 


Com esse aumento a produção da primeira safra no biênio 2006-07 foi de 1,368 milhões de toneladas, participando com 43,7% do total, as regiões Sudeste e Sul contribuíram com metade cada uma. Observa-se assim que houve retração na produção dessa safra (era 58,0%). O segundo plantio, da seca, contribuiu com 31,0% da produção média do biênio citado, com 962 mil toneladas / ano. As regiões Sul e Sudeste que contribuíram com 81,0% da safra da seca e aparece a produção nordestina com o restante devido à expansão da produção da Bahia (171.400 toneladas) e produtividade de 32.500 kg/ha. A safra de inverno produziu 796,9 mil toneladas de tubérculos participando com 25,5% do total. São Paulo contribuiu com 43,0%, Minas Gerais com 34,0% e aparece Goiás com 23,0% cultivando cerca de 4.500 hectares e produtividade de 40.650 kg / ha, conforme informações do IBGE (2007) (Figura 2).


 


Figura 2 – Distribuição Regional da Produção de Batata no Brasil por Cultivo, 2006-07


Fonte: IBGE-Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, dez 2007.


CAMARGO FILHO, W.P. de et al. 2008.



 


No Estado de São Paulo e em Minas Gerais são cultivados três safras de batata: das águas, da seca e de inverno. O Estado mineiro é o maior produtor nacional com 33,4% do total produzido no País, São Paulo participa com 21,7%. A produção paulista em 2007 foi de 739,270 toneladas em área de 28.190 hectares. O cultivo de inverno representou 50% da produção e seu cultivo concentra-se no Escritório de Desenvolvimento Regional (EDR) de São João da Boa Vista, (50% da área) outros dois cultivos (das águas e da seca) concentram-se nos EDRs de: Itapetininga, Itapeva e Avaré, que detêm 69% das áreas cultivadas (Tabela 2 e Figura 3).


 



  



 


Essa alteração de participação no abastecimento brasileiro ocorreu devido a melhor tecnologia de produção e também pela presença de área novas em Goiás (segunda safra) e na Bahia (terceira safra) que possuem menores custos, clima mais estável e favorecimento da irrigação. Também contribuiu o aparecimento da variedade Ãgata, que responde melhor à aplicação de insumos modernos, resultando em maior produtividade e custos mais baixos. Além disso, essa cultivar tem perfil que agrada ao consumidor e resiste ao transporte, sua  aptidão é para massas e cozimento.


 


4 – MERCADO


As importações de batata semente são feitas regularmente pelas empresas e associações de produtores especializadas em sua multiplicação, para abastecer a cadeia produtiva brasileira. No período 1995-1997, com o câmbio a R$ 1,08 por US$, a quantidade importada anualmente foi de 3.610 toneladas. No período 2002-2006, essa quantidade foi de 2.762 toneladas e o câmbio médio foi de R$ 2,68/US$. Essa diminuição de quantidade importada tem a ver com a taxa cambial, mas ocorreu principalmente devido à evolução da multiplicação da batata semente por meio do cultivo de mini tubérculos, que aumenta a eficácia da reprodução. Além disso, no final da década de 1990, houve lançamento de diversas cultivares européias que foram testadas quanto à suas aptidões às condições brasileiras. O mercado de semente de hortaliças, de batata e de outros produtos agrícola tem uma “indústria” de produção que envolve melhoristas, profissionais especializados, laboratórios e prestadores de serviços para obtenção de variedades. Assim, as cultivares são substituídas periodicamente.


Nesses dois períodos em análise, a quantidade importada de batatas e derivados passaram de 64.964 t/ano para 9.373 t/ano. Isso ocorreu porque foi intensificada a vigilância sanitária sobre a importação de tubérculos, mas também houve no País, desenvolvimento da produção industrial.


 


4.1 – Valoração das Variedades


A batata tem valor comercial conforme sua aptidão para frituras ou cozimento. As variedades aptas à fritura são denominadas lisas e têm maior teor de fibras, sendo que o formato deve proporcionar maior rendimento no corte para fritas congeladas (palitos).


Além disso, no Brasil criou-se o hábito de lavar tubérculos para a comercialização. Assim, a casca não deve ter deformidades e o olho (gema ou broto) não deve ser profundo. A CEAGESP[1]mantém equipe especializada que estudou e propôs classificação de batata conforme sua aptidão, tamanho e formato, especificando a cultivar e com rótulo na embalagem. No entanto, a aplicação dessas normas para beneficiar a cadeia produtiva, deveria ter mais empenho dos atores para a adoção, tendo em vista que os consumidores não têm como identificar as cultivares e sua aptidão.


No período abril a outubro de 1997, Camargo Filho et al (1999) desenvolveram estudo para valoração de variedades de batatas no mercado atacadista de São Paulo. Nesse período, o câmbio foi de R$ 1,08/US$. A batata Bintje era referência de mercado, sendo a mais valorizada. A cotação média do período foi R$ 31,05/sc 50kg, equivalente a US$ 28,75/sc, para batata lavada. Os autores tomaram esse valor como índice 100 e assim o valor da variedade Monalisa lavada correspondia a 71,34% do preço médio da Bintje, a Baraka escovada a 62,6% e a Achat lavada a 60,6%.


No ano de 2007, de abril a outubro, o câmbio médio foi de R$ 1,93/US$. As variedades mais comuns nos mercados atacadistas de São Paulo eram seis: Asterix, Cupido, Monalisa, Caesar, Ãgata e Baraka. A de maior valor foi a Asterix lavada com R$ 47,40/sc 50 kg, equivalente a US$ 24,56/sc igual a 100. Essa variedade tem aptidão e formato para fritura. A segunda mais valorizada foi a Cupido lavada, com 95,1% do preço da Asterix, vindo depois a Monalisa com 93,7%, a Caesar com 93,3%, a Ãgata lavada com 92,8% e por último a Baraka com 76,8% (ANUARIO, 2007).  Aqui há uma distorção de preços e imagem, porque a batata Baraka é equivalente à variedade Asterix para fritura, mas não é valorizada porque sua casca não é bonita e por isso não existe o hábito de lavá-la, o consumidor não tem essa informação. Das variedades da década de 1990, somente a Baraka e a Monalisa continuaram no mercado. Apenas como referência de preços, o custo de produção de batata em São Miguel Arcanjo-SP, em 2007, para produtividade de 25 toneladas por hectare foi de R$ 27,00/sc 50kg, com câmbio médio de R$ 1,965/US$ (AGRIANUAL, 2008).


 


4.2 – Variação Estacional de Preço


Os preços de batatas lisa e comum têm diferencial, conforme já mencionado. No período 1991-1996, os preços de batata no mercado atacadista de São Paulo, transformados em dólar mostraram que a comum teve preço 18,1% menor que a batata lisa (CAMARGO FILHO et al, 1999). Nesse mesmo trabalho, os autores calcularam o padrão estacional e mostraram que há semelhanças nas curvas de preços desses grupos de variedades de batata e a estacionalidade é bianual. O preço de batata lisa tinha pico de preços em setembro, em anos com final par e em junho em ano ímpar.  Os menores índices ocorriam em maio – junho dos anos pares e em setembro – outubro dos ímpares. A amplitude de variação foi maior que 130,0%. Para o período 1998-2003, Camargo Filho e Alves (2005) calcularam que a batata lisa lavada teve cotação média de R$ 27,6/sc 50kg e a comum foi 27,2% menor (câmbio a R$ 2,12/US$). A amplitude do padrão estacional de preços diminuiu para 45,0%. O pico de preços foi em maio dos anos com final ímpar e, nos anos com final par, os preços médios foram maiores e menos oscilantes, com picos tanto no primeiro como no segundo semestres. (Figuras 4 e 5).



 


Figura 4 – Variação Estacional Bianual do Preço de Batata Lisa Beneficiada Comercializada no ETSP-CEAGESP, 1998-2003.


Fonte: Elaborada pelos autores com dados da CEAGESP e de CAMARGO FILHO e ALVES, 2005.



Figura 5 – Variação Estacional Bianual do Preço de Batata Comum Comercializada no ETSP-CEAGESP, 1998-2003.


Fonte: Elaborada pelos autores com dados da CEAGESP e de CAMARGO FILHO e ALVES, 2005.


 



 



Figura 6 – Preços Médios Mensais de Batata Beneficiada Lisa – ETSP – CEAGESP


( R$ / Sc 50,00 Kg.)


Fonte: CEAGESP, elaborado pelos Autores








Os preços de batata lisa beneficiada (lavada) no período 2002-2007 foram ascendentes e a época de maiores cotações foi de março a junho. (Tabela 3 e Figura 6). Relativamente ao valor da batata lisa o preço de batata comum beneficiada foi 22,2% menor. (Tabela 4 e Figura 7). O preço da batata comum escovada corresponde a 67,8% do preço da batata lisa lavada. Nesse período continuou existindo a bianualidade de preços.


 



 



Figura 7 -Preços Médios Mensais de Batata Beneficiada Comum no ETSP-CEAGESP ( R$ / Sc 50,00 Kg.)


Fonte: CEAGESP, elaborado pelos Autores


 


5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS


Os preços de batata no período 2002-2007 tiveram padrão estacional bianual, mas com grande oferta de tubérculos, o que ocasionou crise de preços em 2005. As regiões produtoras de batata no Brasil, na última década, tiveram grande adoção tecnológica e de novas cultivares, além de expansão da fronteira agrícola. Esse quadro refletiu no abastecimento nos últimos 5 anos, com alteração do padrão estacional, quando ocorreram períodos de preços baixos com excesso de produção e descompasso entre as três safras.


 Espera-se que os bataticultores programem o plantio com duas safras por ano e o terceiro cultivo com grãos e cereais (milho, soja, trigo, cevada, centeio). Certamente deve-se escolher os dois períodos que tenham menores custos e a partir disso realizar comercialização em grupo com os supermercadistas, industriais e atacadistas dos grandes centros, sempre procurando agregar valor ao produto, principalmente utilizando classificação e rotulagem.


Dado a expansão da indústria brasileira, faz-se necessário que parte da produção seja verticalizada e dirigida ao processamento. Simultaneamente, é necessário que haja promoção de marketing da batata mostrando suas qualidades nutricionais e formas de identificação de variedades, com sugestões de elaboração de pratos.


 


 6- LITERATURA CITADA


AGRIANUAL – Anuário da Agricultura Brasileira. São Paulo, Instituto FNP, 2008 – 502p.


ANUÃRIO IEA Informações Estatísticas da Agricultura. São Paulo. v. 20, n.1. 2008


BOLETIM ANUAL – CEAGESP 2007


CAMARGO FILHO, W. P. et al. Mercado de Batata: Ações Integradas na Cadeia Produtiva. Informações Econômicas. São Paulo. v.29. n.1, p.7-23, jan 1999.


CAMARGO FILHO, W.P. & ALVES, H. S. Mercado de Batata no Brasil: Análise da Produção, Importação e Preços. Informações Econômicas. São Paulo. v.35. n.5, p.31-36, mai 2005.


CAMARGO FILHO, W.P. de et al. Produção de Batata no Brasil, 1999-2007: Contribuição da Ãrea e da Produtividade, Horticultura Brasileira. Brasília-DF v.26, n.3, suplemento CD-ROM, jul-set 2008.


CENSO AGROPECUÃRIO DO BRASIL – 1995-96. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro, 1998, 366p.


FAO – FOOD AGRICULTURAL ORGANIZATION TRADE YEARBOOK. Roma, v. 59, 2005.


FAO – FOOD AGRICULTURAL ORGANIZATION PRODUCTION YEARBOOK. Roma, v. 60. 2006.


IBGE – Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, Rio de Janeiro, dez 2007.


PEREIRA, A S. Batata: fonte de alimento para a humanidade. Horticultura Brasileira. v. 26, n.1. capa, jan-mar, 2008.


VERA FILHO, F & TOLLINI, H. Progresso Tecnológico e Desenvolvimento Agrícola, in VEIGA, A. Coord. Ensaios sobre Política Agrícola Brasileira. São Paulo. Secretaria da Agricultura.  p. 87-113, 1979.


 


ANÃLISE DA PRODUÇÃO E DO MERCADO ATACADISTA DE BATATA EM SÃO PAULO


 


RESUMO: O estudo analisa a evolução da produção de batata no Brasil no período 1990-2007. A produção de batata no Brasil ocorre durante o ano todo, distribuída em 3 safras (cultivos): das águas, participando com 58,0%, da seca com 27,0% e de inverno com 15,0%. A região Sudeste produziu 57,6% e a região Sul 44,5% do total dos três cultivos. No biênio 2006-2007, a produção de batata foi de 2,19 milhões de toneladas por ano, com taxa anual de crescimento de 2,27%, e a área teve redução de -2,04%. Assim, a contribuição da área cultivada para expansão da produção foi negativa (-89,87%) e a produtividade contribuiu com 189,87%. Houve expansão da fronteira agrícola e alteração da participação da produção regional no período em análise. O cultivo das águas diminuiu para 43,0%, o cultivo da seca para 31,0% e o Estado da Bahia também produziu nesta safra. O cultivo de inverno, com participação de 26,0%, teve ingresso do Estado de Goiás como grande produtor.  Os Estados da Bahia e de Goiás possuem produtividade em torno de 40 t/ha maior que a média nacional. Na última década 1997-2007 as variedades de batata foram substituídas e as mais comuns atualmente são: Asterix, Cupido, Monalisa, Ãgata, Caesar e Baraka. Existe diferença de valores das variedades aptas a frituras e as comuns para massas. No período 2002-2007, os preços foram crescentes constituindo padrão estacional bianual, sendo que em anos com final ímpar os preços foram maiores. A expansão da produção em regiões novas e a acomodação do cultivo em regiões tradicionais também contribuíram para desequilibrar o mercado.


 


Palavras-chave: Solanum tuberosum L., produção, comercialização, preços. 


 


ABSTRACT: ANALISE AND THE PRODUCTION OF POTATOES THE GROSSERY MARKETING IN SÃO PAULO


 


The study examines the evolution of the potato production in Brazil in the period 1990-2007. The potato production in Brazil occurs throughout the year, distributed in 3 seasons (cultures): wet, participating with 58.0%, drought with 27.0% and winter with 15.0%. The Southeast region produced 57.6% and South region with 44.5% of the total of the three crops. In the biennium 2006-2007, the production of potato was 2.19 million tonnes per year, with annual growth rate of 2.27%, and the area was reduced by 2.04%. Thus, the contribution of the area cultivated for expansion of production was negative (89.87%) and productivity contributed 189.87%. There was expansion of the agricultural frontier and amendment of the participation of regional production in the period under review. The cultivation of water dropped to 43.0%, the cultivation of drought to 31.0% and the State of Bahia also produced this season. The cultivation of winter, with participation of 26.0%, was entering the state of Goias as a major producer. The states of Bahia and Goias have productivity around 40 t/ha higher than the national average. In the last decade 1997-2007 varieties of potatoes were replaced and the most common today are: Asterix, Cupido, Monalisa, Ãgata, Caesar and Baraka. There is difference of values of the varieties capable of chips and for common masses. In the period 2002-2007, the prices were increased constituting biannual seasonal pattern, and in the years with odd final the prices were higher. The expansion of production in new regions and accommodation of the culture in traditional regions also contributed to destabilising the market.


Key-words: Solanum tuberosum L, production, marketing, prices.

VEJA TAMBÉM

NOVAS CULTIVARES DE BATATA PARA MINAS GERAIS – CULTIVARES FRANCESAS

IJoaquim Gonçalves de PáduaPesquisador – EPAMIG/FECDAv. Santa Cruz, 500 – 37780-000 Caldas/MG.(35) 3735-1101 – padua@epamigcaldas.gov.br   Visita de produtores ao ensaio de Cultivares em Carandaí-MG (Arquivo Multiplanta)   O Programa de Cooperação Técnica França...

LER

A maior crise da história da Batata

Os preços “simbólicos” da batata consumo, principalmente nos meses de janeiro e fevereiro de 2007, podem ser considerados como os indicadores da maior crise da história do segmento produtor da batata no Brasil.Destacamos como...

LER

ALAP 2016 – Panamá

Natalino Shimoyama Gerente Geral – ABBA Foi realizado com muito sucesso no período de 22 a 26 de agosto o XXVII Congreso de la Asociación Latinoamericana de la Papa no Hotel El Panamá, na...

LER

Batata Semente – Índice de Severidade

PARA LER A REVISTA BATATA SHOW EDIÇÃO 38, ACESSE O ARQUIVO PDF:http://www.abbabatatabrasileira.com.br/images/pdf/rbs_38.pdf

LER