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Juta, a melhor aliada da batata
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Fibra natural: proteção durante o transporte e armazenamento dos tubérculos, além de evitar danos ambientais e à saúde



Cada vez mais a sacaria de juta tem se mostrado a melhor aliada na conservação da batata. A fibra natural provoca menos danos durante o transporte de batatas quando comparada aos demais tipos de embalagens disponíveis no mercado. A conclusão está na pesquisa realizada pelo Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais. O estudo também apontou que o saco feito com juta é o melhor para o armazenamento desses tubérculos, pois protege mais contra a ação da luz solar e o consequente esverdeamento. A principal vantagem da juta está no fato de ser uma fibra natural, portanto mais flexível do que as fibras sintéticas. “O formato arredondado do fio e a maior massa do tecido também garantem maior proteção à batata”, explica Oscar Borges, presidente da Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), maior produtora de juta do país. Com essas características, a sacaria de juta consegue amortecer os impactos provocados durante o transporte, principalmente em longas distâncias. A sacaria de material sintético, por outro lado fere a pele da batata. Isso porque é feita com fitas mais duras e cortantes. Com os atritos provocados durante o transporte, ao invés de amortecer vão raspando na batata e provocando lesões. Como a juta é mais resistente e tem melhor vedação do que os materiais sintéticos, a sacaria deste tipo de produto também é garantia de melhor armazenamento para os tubérculos. “A menor passagem de luminosidade no saco de juta protege contra o esverdeamento”, diz Borges. 



A pesquisa


Realizada com sacos de 50 kg, a pesquisa de transporte conduzida pela Universidade Federal de Uberlândia avaliou os quatro sacos do assoalho da carroceria que estavam em contato apenas com outros sacos do mesmo material. Foram transportados 12 sacos de cada tipo de embalagem. A sacaria de juta foi a que obteve melhor média, uma vez que a análise foi repetida quatro vezes. A juta apresentou maior número de batatas sem dano algum: 36 kg. Para comparação, o segundo colocado, o nylon branco, obteve 26,75 kg. Mesmo em termos de danos aceitáveis, aqueles provocados durante o transporte, mas que são aceitos pelos consumidores, a juta também foi melhor: apenas 10,87 kg de batatas apresentaram algum problema. Os demais tipos de embalagem provocaram danos em 18,50 kg (nylon branco), 19,07 kg (nylon vermelho) e 17,25 kg (clone) dos tubérculos. Também quando a avaliação foi em relação àqueles danos considerados inaceitáveis pelos consumidores e provocam o abandono do produto nas gôndolas, a juta saiu-se, mais uma vez melhor do que os demais tipos de sacaria. O saco produzido com juta apresentou apenas 1,25 kg de batatas com danos não aceitáveis, número bem menor do que o registrado em relação ao nylon branco (3,87 kg), ao nylon vermelho (3,50 kg) e ao clone (2,37 kg). No teste de esverdeamento a pesquisa mostrou que a sacaria de juta protege mais as batatas dos danos causados pela luz solar, quando comparada aos demais tipos de sacaria (nylon branco, nylon vermelho e clone). Essa avaliação foi realizada por um período de 30 dias, com análises periódicas e quatro repetições. Os sacos ficaram em local sombreado, ventilado e com temperatura ambiente. Em todas as etapas, a sacaria de juta apresentou a melhor média entre as embalagens avaliadas. Na análise feita no terceiro dia, 9,7 kg de batatas não apresentaram nenhum sinal de esverdeamento e apenas 0,2 kg tinham esverdeamento aceitável, ou seja, do tipo que não provoca rejeição por parte do consumidor. O segundo colocado, o clone, manteve 9,5 kg sem esverdeamento e 0,4 kg com verde aceitável. No décimo dia, 9 kg de batata armazenadas em sacaria de juta não apresentaram esverdeamento, enquanto 0,7 kg estavam com verdes aceitáveis. Já o clone apresentou 8,8 kg sem esverdeamento e 1,1 kg com verdes aceitáveis. No 20º dia, foram 7,4 kg sem verde algum e 1,9 kg com verdes aceitáveis, dentre as batatas armazenadas com sacos de juta, e 5,9 kg sem verde e 3,5 kg com verdes aceitáveis da embalagem clone. Mesmo na quarta análise, feita no 30º dia, a sacaria de juta manteve 1 kg de batata sem esverdeamento e 8 kg tinham verdes aceitáveis.



A fibra do futuro


As qualidades da juta vão além das já citadas. Ela é também a garantia de utilização de um material ecologicamente correto. Considerada a fibra do futuro, a juta não provoca danos ambientais e à saúde. Isso porque todo o processo de produção, do plantio ao descarte do produto final, é realizado de forma ambientalmente correta. As maiores plantações de juta estão localizadas principalmente nas calhas dos rios Solimões e Amazonas. A planta é totalmente adaptada ao bioma amazônico e hoje é a maior fonte de renda para mais de 15 mil famílias de ribeirinhos apenas no Estado do Amazonas, ajudando a fixar o homem no campo e impedindo o êxodo rural. O Estado do Pará também é outro grande produtor. Para o plantio não se desmata a floresta, usa-se apenas as margens alagadiças dos rios onde não há mata. Como essas áreas naturalmente têm espaços limitados, apenas ribeirinhos, donos de pequenas propriedades se interessam em produzir juta. Não há produção em grandes áreas ou fazendas. O cultivo da planta dispensa o uso de agrotóxicos e fertilizantes (à medida que a terra é fertilizada naturalmente pelo húmus deixado pelos rios). Após a colheita manual, a cheia se encarrega de limpar o terreno, que não sofre processos agressivos ao solo como a queima, prática comum a outras plantações. No processo industrial são utilizados apenas aditivos orgânicos e os óleos vegetais. Isso, associado às características naturais da juta, faz com que o produto final seja totalmente biodegradável e quando a embalagem utilizada é descartada ela se desintegra completamente em menos de um ano sem deixar qualquer resíduo ou dano ambiental. Por todas estas características ecológicas e sustentáveis, a juta vem sendo considerada a fibra do futuro. A empresa Maior produtora de juta do Brasil, a CTC é uma empresa familiar que está no mercado há 42 anos. É líder no Brasil, produzindo cerca de dez mil toneladas de produtos acabados de juta por ano. A empresa dobrou a produção de 2000 para 2007 e hoje têm capacidade produtiva para processar 14 mil toneladas de juta anualmente. Além de estar presente na sacaria de batata, a juta produzida pela CTC é utilizada na fabricação de sacos para café, açúcar, cacau, amendoim e castanha, entre outros. A empresa também produz telas que são empregadas na proteção de pisos e encostas, em curtumes, na construção civil, indústria automobilística, artesanato, bolsas, mochilas e sacolas ñ excelente opção para substituir as de plástico, que tanto prejudicam a natureza. Já os fios servem para molduras, tapetes, gesso e tecelagem. Fundada em 1966 pelo “Grupo Brenno Pacheco Borges”, em Castanhal, cidade próxima a Belém,a CTC faturou R$ 53,4 milhões em 2007. Hoje, a empresa investe R$ 2 milhões na reforma e modernização da fábrica, localizada em Castanhal. A CTC possui filiais em Manacapuru, Parintins (AM), Pouso Alegre (MG) e São Paulo (SP). A Castanhal tem 1,5 mil empregados diretos. O plantio da juta é a principal fonte de renda para cerca de 15 mil famílias do Pará e Amazonas. 

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