Dra. Margarida Fumiko Ito, Instituto Agronômico – IAC
Dir. do Centro de Pesq. e Desenv. de Fitossanidade
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A batata (Solanum tuberosum L) é a quarta fonte de alimento no mundo e encontra-se disseminada na maioria das regiões tropicais e subtropicais do planeta (Filgueira, 2000). No Brasil, planta-se anualmente entre 130 a 150.000 hectares de batata, com produtividade média de 20 toneladas/ ha. A requeima é a principal doença fúngica da cultura da batata no mundo. É caracterizada como doença de alto poder destrutivo e está disseminada em várias regiões produtoras de batata no Brasil, porém encontra nas regiões Sul e Sudeste as melhores condições de desenvolvimento. É conhecida também como “mela” e “crestamento de Phytophthora”. A doença é causada pelo fungo Phytophthora infestans (Mont.) de Bary. Esse patógeno é favorecido por baixas temperaturas (12°C a 20 °C) e alta umidade relativa, proporcionada por neblina, chuva, orvalho e irrigação frequente. O fungo pode atacar a cultura em qualquer estágio de desenvolvimento, iniciando principalmente no terço mediano superior da planta, mas pode ser encontrado também nos tubérculos. Os sintomas de requeima podem variar de acordo com as condições climáticas (temperatura, umidade relativa, intensidade luminosa) ou de acordo com a resistência da cultura ao patógeno. Nas folhas (Figura 1), as lesões são inicialmente verdes claras a escuras, irregulares e se desenvolvem rapidamente tornando-se amarronzadas ou pretas, causando a morte de folíolos, caule e da planta. Entre o tecido sadio e a lesão pode-se observar um halo encharcado. A lesão pode evoluir e atingir o pecíolo e o caule e causar a morte da planta (Figura 2). Em condições de alta umidade, pode ocorrer a formação de frutificações, de cor esbranquiçada, na parte inferior da folha. Sob baixa umidade, o tecido fica quebradiço. Em condições altamente favoráveis, as plantas podem apresentar aspecto de queima, característico da doença. Nos tubérculos, o fungo causa podridão escura e dura, com a borda definida. O fungo sobrevive principalmente em restos culturais e tubérculos doentes, é disseminado pelo vento e pela água. Pode sobreviver também na forma de oósporos, que são estruturas sexuadas de reprodução e de resistência. As medidas de controle recomendadas são, principalmente, escolha de local de plantio com boa drenagem, destruição de restos culturais, espaçamento que permita maior ventilação, controle químico e cultivares que apresentem algum nível de resistência ao patógeno. O fungo P. infestans apresenta variabilidade genética ou raças fisiológicas, o que dificulta a obtenção de cultivares com resistência a todas as raças. Assim, uma cultivar de batata pode ser resistente numa região e suscetível em outra, dependendo da raça de P. infestans presente no local. Esse fato tem sido limitante no cultivo das variedades comerciais de batata, que requerem controle químico, para evitar prejuízos na produção e garantir boa qualidade do produto. O manejo químico é caracterizado por produtos com ação protetora, e sistêmica. Sua eficácia depende das condições de aplicação (clima), tecnologia em que o produto foi aplicado e momento correto de aplicação, de acordo com a característica do fungicida, pressão de inoculo de P. infestans e suscetibilidade da cultivar de batata. Os fungicidas protetores atuam na superfície da folha, impedindo a germinação dos zoósporos e esporângios. Sua ação ocorre em vários sítios da célula fúngica, o que torna uma opção interessante para o manejo de resistência do patógeno dessa doença. Dentre os fungicidas estão os cúpricos, estanhados, Fluazinam, Clorotalonil, Zoxamida + Mancozebe, Mancozebe e Metiram. A utilização isolada destes produtos requer curtos intervalos de aplicação e de forma preventiva, ou seja, antes da chegada do fungo na superfície da planta. Fungicidas com ação sistêmica translocam pela planta, agem preventivamente e curativamente e proporcionam maior período de proteção. Dentre eles estão Propamocarbe, Iprovalicarbe + Propineb, Metalaxyl-M. Atualmente, novos produtos vêm sendo inseridos no manejo da requeima da batata, com mecanismos de ação diferenciados, com ação protetora e curativa, como Benthiavalicarbe + Fluazinam.
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