Milton Kaoru Watanabe
milton@watanabe.com.br
Nos anos 70 basicamente a mecanização da batata se resumia em apenas 4 implementos: o riscador, a adubadeira, as arrancadeiras de esteira e de discos ambas de 1 linha fabricadas pelas empresa J. Kobara e a Agromec de Braganca Paulista e é claro os pulverizadores da Hatsuta. No final dos anos 70 a empresa Perreto e Cia Ltda. iniciava a produção de plantadeiras baseadas no modelo importado da Crammer da Alemanha. Houveram também neste período algumas colhedeiras de batata de 1 linha da marca Grimme os quais foram importadas por produtores de semente da região de Canoinhas – SC. Também no ano de 1976 o Sr. Hitoshi Watanabe iniciou a produção das arrancadeiras de 2 linhas, fato inédito o qual até então só existiam arrancadores de 1 linha da empresa J. Kobara e no final dos anos 70 outra empresa inicia a produção de arrancadeira de 2 linhas. No ano de 1988 a Watanabe iniciou a produção das primeiras plantadeiras com adubadeira e o inseticida incorporado onde todo o plantio podia ser feito numa só operação. Outro fato inédito para a bataticultura brasileira foi a introdução em 1992 das enxadas rotativas para entrelinhas pela Watanabe, onde até então esta operação de fazer a amontoa era realizado pelos riscadores. Com a “rotativa” praticamente se eliminava as batatas descobertas pela terra e o seu verdeamento, mas o seu ponto principal era a possibilidade da amontoa ser realizado nas batatas com o talo entre 10 a 20 cm. já com o vigor da planta mais definido. A enxada rotativa possibilitou uma adubação complementar onde o nitrogênio e o potássio poderiam ser aplicadas nesta operação e também o inseticida de solos podiam ser incorporados. Em 1997 a Watanabe iniciou a representação da empresa Grimme da Alemanha e a esta parceria muito contribuiu para a mecanização da batata no Brasil, pois a Grimme possui um retrospecto de 150 anos nesta área e muita tecnologia e experiência embarcada nas máquinas que produz. Em 2003 a Watanabe encerrou esta parceria para então produzir a sua própria colhedeira e em 2004 algumas unidades foram comercializadas mas devido a crise na batata nos anos seguintes o seu aperfeiçoamento e a produção foram interrompidos dando lugar à pesquisa e desenvolvimento de máquinas para outro segmento como foi a do algodão. Atualmente a mecanização da batata está ocupando cada vez mais a sua importância, pois a dificuldade de se encontrar a mão de obra e os altos custos trabalhistas são um incentivo a mecanização. Também as áreas de batata estão crescendo tanto para o mercado fresco como também para a indústria e na mão de médios e grandes produtores os quais necessitam das últimas tecnologias para manter-se na atividade com baixos custos operacionais e riscos calculados. Em virtude disto e aliado ao câmbio favorável é que ultimamente várias máquinas importadas principalmente as colhedeiras da empresa Grimme tem entrado no Brasil e com ótimo desempenho, mas a um custo muito elevado e portanto destinado para poucos produtores. Hoje existem as colhedeiras de marcas nacionais e agora também da Watanabe adaptadas à realidade brasileira e a um custo bem mais acessível. A Watanabe se orgulha de fazer parte da história da mecanização da batata, onde o início se deu no começo dos anos 70 com a adaptação de pulverizadores da marca Hatsuta para a batata e de lá para cá foram muitas máquinas produzidas sempre com a parceria dos batateiros os quais foram também protagonistas nesta história.
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