José Marcos Bernardi – batata@solanex.com.br – (19) 3623.2445
Não é só pelos subsídios agrícolas que os americanos conseguem sucesso na atividade agrícola. Há também algumas coincidências naturais, que lhes são altamente favoráveis. Seja pelo tipo de solo, topografia, suprimento de água, e outros que às vezes nem precisaria da ajuda do governo para serem bem sucedidos.
Voando de Washington D.C., para Denver no estado do Colorado tem se uma visão, no mínimo bizarra. Por horas de vôo, é possível ver uma topografia plana, toda dividida em quadrados, de vários tamanhos, e sobre os quadrados, círculos, muitos círculos, quase encaixam na área quadrada, respeitando a maneira que melhor e mais adequadamente de como se fazer este servir naquele.
Airton Arikita, Pedro Hayashi, Níveo Lorenzeti, Francisco Soares da Silva e José Marcos Bernardi
Os “Círculos” que é como os americanos chamam o que chamamos de “Pivô Central”, estão por toda parte. Milhares e milhares. De Washington até o Colorado passamos sobre os estados da Pensilvânia, Ohio, Indiana, Illinois, Iowa, Missouri, Kansas, Nebraska… e muito deles não se vê rios, açudes, barragens, enfim qualquer indício de reservatórios de água. Pois até nisto, os americanos foram privilegiados. A água está abaixo do solo nos Aquíferos. Bilhões, trilhões de litros de água subterrânea, ue percolam nas encostas das montanhas quando passa o inverno e a neve derrete. Mas, esta dádiva, de Deus está se esgotando.
Como vimos no ano passado, na Califórnia com o Rio Colorado, por tratar de forma não sustentável e até maltratar os seus recursos naturais e o meio ambiente, os Estados Unidos começam a pagar um preço altíssimo pela negligência. Os aquíferos começam a secar em vários pontos do país. Somente, no Vale São Luis (San Luis Valley), às margens da Cadeia de Montanhas das Rochosas, numa região verdadeiramente desértica, estão instalados mais de 4.000 (Círculos) ou Pivô Central, dos quais apenas 2.500 estão em funcionamento hoje. É muito comum, nas incursões que lá fizemos, observar vários aparelhos abandonados por falta d’água. Estes aparelhos são semelhantes aos nossos, porém de altura mais baixa, área de irrigação também menor, em media de 55 ha. A espetacular e peculiar condição de localização, altitude, umidade etc, faz com que naturalmente o Vale São Luis seja realmente um ideal local para se produzir batatas. San Luis Valley é um verdadeiro deserto.
Localizado a 2.300 metros de altitude, recebe menos de 200 mm de chuva anuais. O Rio Grande escoa sua parte sul do vale por um desfiladeiro em pedras vulcânicas ao longo da divisa entre o Novo México e o Colorado. cercado das grandes dunas de areia, o vale é uma depressão fechada sem saída na superfície para drenagem. Antes era fácil perfurar o chão e bombear água a quatro metros de profundidade, mas hoje a situação de não reposição da água, fez o aquífero baixar para até 30 metros para a captação.
O vale planta desde 1875 e atualmente, mais de 28 grandes empacotadoras, exportam para todas as partes, batatas plantadas em uma área de 26.000 ha, este ano redução de 400 ha em relação ao ano passado, voluntariamente pelos produtores, para economia ou redução do uso de água. Para semente, o clima é excepcionalmente favorável, pois o isolamento natural pela altitude, dunas, montanhas e principalmente a falta de umidade, propicia condições excelentes para o desenvolvimento da cultura. A falta de umidade no ar é fator que diferencia esta região de outros locais, pois com a falta de chuva, não existe requeima no Vale de São Luis, o que dá uma vantagem enorme aos produtores daquela região, em relação a qualquer outro produtor no mundo.
Outro exemplo para nós, se é que se deseja mudar algo no atual modelo, é buscar alternativas com retorno econômico dentro do próprio portfólio, como por exemplo, os melhoristas do Colorado, estão experimentando para se lançar no mercado, uma variedade de pele e polpa roxa. Qual apelo?? É extremamente rica em antioxidantes.(foto) Já para o próximo ano, os Estados Unidos já poderão estar exportando batata semente para o Brasil, e entre as novas variedades, a que se mostrou com melhores aptidões para o nosso clima e mercado foi à variedade Cal White, pelas suas características.
Para processamento, que é o forte dos americanos, muitas outras variedades se mostraram com boa performance no Brasil, e dependendo da finalidade (Chips ou French Fry), várias são as opções como: Pike, Chipeta, Dakota Pearl (chips) e Cal White, Shepody, Ranger Russet, Russet Norkotah etc. e para o Mercado Gaúcho as “reds” – pele vermelha: Ida Rose e Cherry Red. Vale a pena tentar, uma vez que se faz necessário mais e mais a oferta de opções de variedades para o mercado Brasileiro.
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