Casa destaca tradicionais batatas suíças e oferece projetos culturais que envolvem intelectuais e degustadores de arte
O nome Bardo vem do “Bardus”, que em latim significa “poeta e cantor”. Era como os romanos chamavam os Druidas, da emota civilização celta. Cabia a eles a guarda de todo o conhecimento, assumindo as funções de juiz, médico, historiador, músico e poeta. No decorrer da história da humanidade o conceito de bardo se estendeu a todo artista ou disseminador da cultura. Ser Bardo é praticar e sociabilizar a cultura em todas as suas dimensões. Essa é a idéia do Bardo Batata, unir duas vertentes da satisfação humana: Gastronomia & Cultura. A casa, que completa cinco anos, já recebeu mais de 140 mil visitantes. Nesse período serviu mais de 160 toneladas de batatas, oferecidas em rústtis com mais de 40 opções de recheios. A rosttisseria é a primeira casa em São Paulo especializada no prato e fica nos Jardins, na Bela Cintra, a duas quadras da Av. Paulista. O corredor cult tem como vizinhos famosos o Teatro Procópio Ferreira, as galerias Ouro Fino, repleta de balangandãs, e a artística São Paulo, e ainda o MASP, o Parque Trianon, além de toda a vasta possibilidade cultural da mais paulista das avenidas. O prato é típico da região de Berna, capital da Suíça. Leva este nome – rústti – porque é um termo usado a tudo que fica dourado e crocante. No Brasil, o prato foi adaptado com criatividade, já que a receita tradicional não leva recheio. O resultado é uma espécie de torta frita feita com batata e recheada com ingredientes variados. O projeto da casa foi idealizado pelos sócios Adelir da Veiga, Adriana Consenza e Leocir Costa Rosa. As receitas foram elaboradas pela culinarista Adalgiza da Silva e pela chef Valéria Telles, quem comanda a cozinha. As rústtis são apreciadas na companhia de um recipiente de azeite extravirgem e Restaurante moedor de pimenta, o que conferem um charme todo especial à mesa. Os sabores são decantados em verso e prosa no cardápio – cada batata é batizada com nomes de personalidades artísticas ou manifestos culturais, com relatos históricos, no Brasil e no mundo. Exemplo da rústti de estrogonofe que ganhou a alcunha de “Dostoievski”, em homenagem ao escritor russo do século 19 e também em alusão a origem do prato. Já a “Paulicéia Desvairada” (frango desfiado, ervas finas e requeijão cremoso) destaca a Semana de Arte Moderna, que sacudiu o Brasil em 1922. “O bardo deve levar cultura e sabedoria aos seus seguidores. A proposta é que as atividades lúdicas e artísticas sejam acompanhadas com o prazer de degustar receitas incomuns e unânimes”, declama Adelir da Veiga, sócio do Bardo. A casa apresenta versões individuais da rústti e grandes que servem duas pessoas. O chope é o cremoso Brahma e a linha de cervejas Bohemia também não poderia faltar por conta do mote da casa. Além das batatas, há no cardápio opções de saladas como a de cogumelos diversos, e “beliscos” como a porção do bardo que traz mussarela de búfala, tomate seco, azeitonas pretas e especiarias. A carta de vinhos conta com versões para todos os gostos e bolsos. Há opções de vinhos brasileiros, portugueses, franceses, argentinos, chilenos e italianos. Destaque para o nacional Miolo Seleção e o chileno Carmenere Special Reserv Concha Y Toro. O estilo clean e romântico reflete a proposta de um lugar tranquilo, onde se aprecia arte e boa comida. A decoração leva a assinatura do arquiteto Luis Navarro, com ambientes modernos e ecléticos. O hall de entrada assemelha-se a um café parisiense – mesa e cadeiras de madeira, mural com postais, revisteiro rústico com jornais e revistas que fazem contraste com o balcão do bar. Nos espaços intermediários, um corredor comprido com mesinhas situadas nas laterais e que podem ter noção do céu por uma clarabóia – de lá, avista-se uma sala com adega de vidro, como se fosse uma vitrine decorada com rolhas dos vinhos abertos na casa, com garrafas dispostas na horizontal, em prateleiras de acrílico. A iluminação tênue e aconchegante recebe uma atmosfera permitida pela mistura de texturas e cores nas paredes e que mudam periodicamente, conforme os eventos culturais. No andar superior, três ambientes inusitados: um living de espera que oferta uma vitrola de armário dos anos 50/60 e toca discos de 78 rotações. Lá se pode ouvir Vicente Celestino ou um bom blues norte-americano acomodado em uma namoradeira ou em cadeiras com design diferenciado que complementam o clima retrô; os outros espaços remetem às típicas salas de jantar, como se estivéssemos em casa, e foram especialmente dedicados a eventos culturais como exposições permanentes de obras de arte.
Batata Show – Entrevista
Quantas refeições são preparadas em média por mês?
Bardo: Cerca de 2.500 refeições em forma de batatas suíças.
Quais são os principais pratos preparados no restaurante?
Bardo: Batatas suíças (rústti), é o principal produto da casa, seguido das saladas e por último, sobremesas.
Vocês utilizam batatas frescas no restaurante?
Bardo: Com certeza, o fornecedor nos entrega três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras.
Qual a quantidade de batata fresca consumida por mês?
Bardo: De duas a três toneladas, depende da época do ano.
Onde você compra a batata fresca para seu restaurante?
Bardo: No Ceagesp com o fornecedor Irmãos Rossi. Na segunda ao chegar, a batata é separada pela quantidade solicitada. O mesmo acontece nas quartas e sextas.
Quais os critérios que você utiliza para comprar batata fresca?
Bardo: Temos um único fornecedor que faz todo o processo de escolher a batata fresca e o tipo consumido pelo Restaurante. Ao chegar no restaurante o cozinheiro e a Chef de cozinha inspeciona a qualidade, por ser o nosso principal produto.
Você ficou decepcionado alguma vez com as batatas frescas que comprou?
Bardo: Dependendo da época do ano, há falta da batata utilizada e então é necessário redobrar atenção sobre o produto. Em alguns casos, nós fomos obrigados a devolver o produto por não ser de boa qualidade. Mas, raramente acontece isto, por causa do compromisso do fornecedor.
Você prefere comprar batata lavada ou escovada?
Bardo: Tenho preferência em comprar a batata lavada.
Qual o tamanho de batata fresca que você tem preferência?
Bardo: Utilizamos batatas grandes e que retêm pouca água.
Você prefere comprar batata de pele amarela ou vermelha e por quê?
Bardo: Preferimos comprar a batata de pele amarela, pois é a melhor para prepararmos o rústti.
Vocês utilizam batatas industrializadas no restaurante? Qual?
Bardo: Pré-frita congelada, purê ou outro tipo? Não utilizamos batatas industrializadas. Utilizamos somente batatas frescas.
Bardo Batata – Gastronomia e Cultura
Rua Bela Cintra, 1.333 – Jardins São Paulo (SP)
Fone: (11) 3068-9852
www.bardobatata.com.br
Segunda a sexta: 12h às 15h e das 18h à 1h
Sábados das 12h à 1h Domingos das 15h às 23h
Mais Informações: Contato Comunicação & Marketing
Fone: (11) 3288-7108/ 3288-8424
Alene Castilho
PARA LER A REVISTA BATATA SHOW, ACESSE O ARQUIVO PDF http://www.abbabatatabrasileira.com.br/images/pdf/rbs_30.pdf
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