SUPERMERCADOS BOA

João Francisco de Oliveira
Irmãos Boa Ltda.
Av. dos Imigrantes Italianos, 1973
Colônia – Jundiaí – SP – 13218-090
fone: (11) 4532-3200 joao@boaonline.com.br



 



A rede dos Supermercados Boa foi fundada em agosto de 1966 e, atualmente, é composta por quatro lojas localizadas em Jundiaí (SP). Com uma área total de sete mil metros quadrados, a rede emprega 650 pessoas e recebe uma média de 314 mil clientes / mês.


No setor de FLV, as maiores vendas são de batata, banana, cebola, laranja e tomate. A rede vende, aproximadamente, 1.600 sacos de batata ( 50 Kg ) / mês. Apesar da batata ser um dos quatro produtos mais vendidos, João Francisco de Oliveira, funcionário responsável há cinco anos pela compra de FLV considera necessário encontrar alternativas para aumentar as vendas e satisfazer os consumidores. Oliveira cita como principais problemas na comercialização de batatas nos supermercados: a falta de qualidade, de informações, o sistema de classificação e as promoções realizadas pelas grandes redes de varejo. A falta de qualidade e de informações é sentida pelos consumidores que reclamam dos resultados culinários; o sistema atual de classificação, baseado em diâmetro, resulta no famoso “fundo verde da banca” e as promoções que vendem, a preços baixos, batatas de péssima qualidade.


O crescimento das vendas de maçãs e pêras é uma consequência da melhoria do sistema de classificação criado e aceito por produtores e varejistas. As maçãs classificadas e identificadas satisfazem os gostos dos consumidores.


Na opinião de Oliveira, que visitou algumas lavadeiras de batata na região de Itapetininga (SP) em julho de 2004, os produtores podem tranquilamente classificar melhor as batatas para evitar o “fundo verde da banca” e desenvolver parcerias para venderem batatas diretamente para os varejistas.



Oliveira é contra as promoções de batatas realizadas pelas grandes redes de varejo, pois em sua opinião trata-se de uma forma de enganar os consumidores “que, na prática, são lesados porque acabam comprando um produto de péssima qualidade”. Na sua opinião, os produtores que concordam em vender abaixo do custo de produção e aceitam que as grandes redes façam leilões de suas batatas estão concordando em desvalorizar seu próprio produto.


Finalizando, Oliveira sugere que os produtores se organizem e encontrem uma alternativa de industrializar a produção sem qualidade e ofertem ao mercado somente batatas com qualidade superior. Ele acredita que desta forma a batata será naturalmente valorizada e reconhecida como um alimento de grande importância para o Brasil.
 
 

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