Thaïs Dias Martins1 & José Otavio M. Menten2
1 Engº. Agr° M. Sc., Doutoranda em Fitopatologia, ESALQ/USP – martins@esalq.usp.br.
2 Engº. Agr° Prof. Associado da ESALQ/USP – jomenten@esalq.usp.br – 19 3429.4267 / R-216
Em 1920 iniciou-se a relação entre universidade e empresa privada nos EUA, quando se comprovou a relação existente entre produção e transmissão da ciência e movimento político e econômico.
A partir daí, esta parceria foi importante, principalmente porque as empresas impulsionavam e fortaleciam as universidades norte-americanas.
No Brasil, a interação Universidade/ Empresa só foi iniciada na década de 70, quando em razão da crise do petróleo, o governo reduziu a injeção de recursos na pesquisa acadêmica e os estados foram obrigados a encontrar outras fontes de auxílio financeiro.
Este fato aproximou o relacionamento entre universidades e empresas. Por meio deste contexto, foi criada a consciência que, mesmo com objetivos aparentemente antagônicos, as empresas evoluem a passos largos quando têm acesso à pesquisa, e esta, muitas vezes, só atinge seus objetivos com os auxílios provenientes das empresas.
Com esta parceria, além da captação de recursos para pesquisas básicas e aplicadas, as Universidades também têm a oportunidade de produzir pesquisas de ponta, gerar pesquisadores mais capacitados, ministrar ensinos associados a projetos de alta tecnologia e aumentar sua participação no desenvolvimento nacional. As empresas têm como vantagens, principalmente, inovação tecnológica a menores custos, acesso a laboratórios e bibliotecas da universidade, apoio de recursos humanos altamente qualificados, entre outros.
Segundo o relatório do IPEA de 2005, sobre inovações tecnológicas, a competitividade da indústria é baseada na diferenciação de produtos e a inovação tecnológica é condição “sine qua non” para se alcançar esta diferenciação, gerando o desenvolvimento mais acelerado de novas tecnologias e novas formas de organização da produção.
Outro aspecto a ser abordado quanto à parceria Universidade/ Empresa é que, ainda de acordo com o IPEA, as empresas que inovam suas tecnologias, geram postos de trabalho de maior qualidade, melhor remunerados e mão de obra com maior estabilidade de emprego. Este fato aponta que essas empresas são geradoras de empregos, contrário do que, erroneamente, se acredita.
Com esta nova visão, o governo Brasileiro tem incentivado a união Universidade/ Empresa, criando programas abrangendo pesquisa aplicada e desenvolvimento experimental como Redes Cooperativas de Pesquisa (RECOPE) e o Projeto Plataforma, além de conceder auxílios fiscais a empresas que investirem em Pesquisa e Desenvolvimento.
Fundações de amparo a pesquisas como FAPESP e FAPERG também estão engajados com a criação de mecanismos específicos que auxiliem nesta união, como financiamento de projetos e a criação de programas como Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) e o de Inovação na Pequena Empresa (PIPE).
Muitas instituições já têm aderido à parceria com empresas como exemplo Petrobras, EMBRAPA, IPT, UFSCar e USP. Um caso em particular, deve ser destacado, que é o surgimento do IPEF (Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais) fundado a partir do convênio entre USP/ESALQ/LCF (Departamento de Ciências Florestais) e 16 Empresas Florestais.
Esta parceria se estabeleceu em 1968 e se destaca, há 39 anos por desenvolver ciência, tecnologia e sustentabilidade no setor florestal.
Mesmo com tantas vantagens a ambos os lados, a parceria Universidade/ Empresa ainda é pouco frequente no país. Dados do Pintec (2000) apresentam que, no Brasil, apenas 3,4% das empresas inovadoras possuem parceria com institutos de pesquisa e universidades, enquanto a maioria dos países da OECD (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), os percentuais estão em torno de 10%, com exceção dos países escandinavos, que chegam a 44,5 %. Consequentemente, a taxa de inovação tecnológica das empresas do Brasil em 2000 atingiu menores taxas que os países escandinavos.
Desta forma, a interação da Universidade/ Instituições de ensino superior com as empresas deve ser estimulada. Particularmente no agronegócio, em especial na bataticultura, é fundamental que a interação aumente e se aprimore, com benefícios para ambos parceiros.
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