Maio de 2018 – Cuzco – Peru
Natalino Shimoyama
Diretor Executivo – ABBA
Mais uma viagem internacional, desta vez para o Peru. Partindo de São Paulo no dia 23 de maio de 2018 com um grupo composto por 11 pessoas. Relatamos a seguir os fatos que ocorreram em Lima e Cuzco.
1) Visita ao CIP em Lima – Centro Internacional de la Papa – assistimos a uma apresentação institucional e visitamos inúmeros stands com exposições sobre as atividades da instituição. Coroando a visita um almoço muito especial para aproximadamente 80 pessoas – saboreamos a tradicional pachamanca (ver fotos).
2) Supermercado em Lima – visitamos um grande supermercado e conhecemos várias opções de batatas frescas e processadas oferecidas à população. As variedades com excelentes aptidões culinárias contrastam com a situação de muitos países que priorizam a aparência dos tubérculos.
No dia 25/05 viajamos à tarde para Cuzco e lá permanecemos até 01/06. Mesmo sentindo falta de ar, muito frio e o sol queimando forte, conseguimos realizar muitas atividades.
3) Machu Picchu – acordamos às 04h00 da matina e viajamos de trem durante três horas da cidade de Poroy até Águas CAlientes. Pegamos um micro-ônibus e após 20 minutos de subida, curvas e precipícios chegamos a Machu Picchu. Durante mais de duas horas caminhamos na “vertical” para conhecer as ruinas da cidade dos quéchuas (a palavra inka significa rei). Sem comentários… O local é impressionante em todos os aspectos.
4) Chinchero e Moray – domingo, dia de descansar… que nada, fomos conhecer os locais onde os quéchuas armazenavam papas e realizavam pesquisas agronômicas. Incrível imaginar que há séculos já se realizavam pesquisas relacionadas a adaptação de diversas culturas em relação a diferentes altitudes. Durante a viagem tivemos a oportunidade de conversar com algumas pessoas (adultos e crianças) que estavam colhendo papas. Os tubérculos eram arrancados por implementos puxados por bois e a produtividade de menos de 10 toneladas/ha era composta por mistura de variedades nativas.
5) Congresso Mundial e Latino Americano da Batata – no final da tarde de domingo fizemos o “check-in” e pegamos os materiais – programação, crachás e os anais. O tema do evento foi – Biodiversidade, Segurança Alimentar e Negócios. Resumidamente destacamos como pontos positivos a presença do presidente, da vice-presidente e do ministro da agricultura do Peru, algumas palestras, o dia de campo, o número de participantes (cerca de 1.000 pessoas de mais de 50 países). Como pontos negativos destacamos a limitação do número de participantes (muitas pessoas foram até Cuzco e não puderam participar do congresso), a falta de espaço para assitir as palestras (uma sala ok e três salas pequenas que lotavam rapidamente e muitos congressistas ficaram de fora). Também é importante destacar o “desprezo” com a ALAP – na prática foi oferecido apenas 1/6 do tempo do evento – por coincidência após o encerramento oficial. Considerem as críticas como construtivas, visando melhorias em eventos futuros. O próximo congresso mundial da batata será em 2021 em Dublin – Irlanda.
6) Assembleia ALAP – com a participação de mais de 50 pessoas foi reeleita como presidente a pesquisadora Dra. Elisa Salas – Peru e como vice-presidente o professor Dr. Carlos Nustez – Colômbia.Também foram definidos os três representantes regionais e criado algumas áreas temáticas para discutir e intercambiar informações entre os países membros da ALAP. As áreas criadas foram – melhoramento, fitossanidade, tratos culturais, batata semente, consumo e indústria, mídia e associativismo. Por fim foram definidos como próximas sedes do congresso da ALAP o Leon – México (2020) e Chile (2022).
No dia 01/07 retornamos ao Brasil, mas diferentemente de outras viagens em que chegávamos loucos para tomar um cafézinho ou comer arroz e feijão, desta vez o que mais desejamos foi oooxxxiiigênnnniooo.
Valeu a pena encontrar muitos amigos, conhecer muitas pessoas, comer maravilhosamente bem, aprender mais um pouquinho e sentir muito orgulho em trabalhar com batata… cada vez mais imprescindível à humanidade.
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